Escola Rural no Assentamento

MT define local para implantação da primeira escola estadual do campo

noticias :: Por Editor em 04/09/2009 :: imprimir pdf enviar celular
Uma reunião realizada no último dia 1º na sede do Centro de Formação e Atualização de Professores (Cefapro), em São Félix do Araguaia (1.234 km de Cuiabá) definiu com a comunidade onde será construída a primeira escola estadual do campo de Ensino Médio Integrado. O prédio, construído pela Secretaria de Educação de Mato Grosso (Seduc) , vai atender a demanda de estudantes de cinco glebas da região.




A localização da obra foi definida após três horas de discussão entre trabalhadores rurais dos assentamentos de São Félix do Araguaia, o prefeito Filemon Gomes, vereadores, secretários municipais, sindicato dos trabalhadores rurais, coordenadores de associações de agricultores, o coordenador do Território da Cidadania do Araguaia, professores, gestores de escolas, assessores pedagógicos, formadores do Cefapro e o coordenador estadual de Educação no Campo, Leonir Boff.

Aproximadamente 60 pessoas participaram da discussão que resultou na escolha de uma área do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), distante cerca de 100 km do centro de São Félix, na divisa dos assentamentos Mãe Maria e assentamento Dom Pedro Casaldáliga. Após quase três horas de discussão o local foi escolhido seguindo critérios de localização, acesso, necessidades socioeconômicas e demanda de estudantes.

Segundo depoimentos das famílias assentadas na gleba Mãe Maria e confirmados pelos presentes do assentamento Dom Pedro, a estimativa é que juntas tenham uma demanda de mais 200 estudantes. No local é desenvolvido trabalho de piscicultura com área propícia para desenvolvimento de estudos em agroecologia uma vez que parte significativa da área está ambientalmente preservada. Concorrendo para receber a nova escola estavam os moradores do Distrito de Estrela do Araguaia, popularmente conhecido como Posto da Mata.

Após definido o espaço, o processo entra em fase de avaliação pelos órgãos federais e estadual. São eles quem avaliarão os impactos ambientais e investimentos necessários. A previsão é de que até 2011 a escola seja entregue à comunidade. A discussão pública torna a elaboração do projeto político pedagógico mais democrática. "Eles conhecem a própria realidade", esclarece Boff.

FONTE

Secretaria de Educação de Mato Grosso
Roseli Riechelmann - Jornalista